quinta-feira, 11 de abril de 2013

Passo-a-passo: Bichinho artesanal com fio de lã.

Vamos te mostrar neste passo a passo a fazer um polvo super lindinho para a decoração da casa ou até mesmo para a brincadeira das crianças. Confira como fazer este polvinho que mais parece um bichinho de pelúcia!

Materiais necesários:

- Novelo de lã
- Bola de isopor com 75 mm
- Olhinhos de plástico
- Tesoura

Passo-a-passo:
Para começar, estique o fio do seu novelo de lã, usando uma mesa como apoio para dar várias voltas, como mostra a imagem. Você pode usar um pedaço de papelão também para utilizar, ao invés da tábua de uma mesa. A tábua da mesa ou o papelão deverá ter aproximadamente 70 cm.
Quando terminar de dar voltas e ter uma boa composição de fios de lã, corte os fios para que você obtenha dois punhados desse fio de lã. Cada uma das duas composições de fios deverá ter cerca de 35 cm. Junte as duas para começar a criar o bichinho.
Em cima você deverá usar um pedaço de fio de lã que sobrou para amarrar e fazer o cabelinho. Você deve dar uma distância de aproximadamente 6 cm da extremidade.

Depois de fazer o cabelinho, use uma bola de isopor de tamanho médio (75 mm) para criar a cabeça do seu polvo. É só enfiar a bolinha de isopor entre os fios e envolvê-la completamente para criar a cabeça, como está a imagem está ilustrando. Amarre logo embaixo da bola de isopor utilizando também fio de lã para que a bola fique dentro. Ou seja, a bola de isopor deverá ficar entre as amarrações que você fez, escondida dentro fios de lã. A cabecinha está feita.
A parte que sobra embaixo você irá criar os tentáculos do seu polvinho. Para fazer os tentáculos é muito fácil. É só dividir os fios de lãs em cerca de 7 partes e ir fazendo tranças para criar cada tentáculo. No fim de cada tentáculo é só amarrar com um fio de lã com uma cor diferente e você já tem seu polvo!
Por fim, é só colar os olhinhos de plástico na cabecinha e pronto! Muito simples, né? Mande ver na arte e crie o seu bichinho fofo com muita facilidade!

terça-feira, 5 de março de 2013

Passo-a-passo: Giz de cera


Veja como fazer um artesanato simples e que pode ser um item legal no cantinho dos meninotes!
Trouxemos uma ideia de reaproveitamento com os pedaços de giz de cera.
Você pode fazer com crianças este artesanato, mas lembre-se de estar sempre junto delas na hora da confecção e não deixar de hipótese nenhuma que elas prossigam na hora de aquecer, colocar e retirar do forno. Esta etapa deve ser feita por alguém já adulto, pois as crianças podem se queimar.

Materiais
- Forma de metal para cupcake
- Gizes de cera

Passo a passo
Organize seus gizes coloridos, separando um de cada cor numa vasilhinha para facilitar na hora de ir colocando cada cor aleatoriamente na bandeja de metal, que irá para o forno.
Para começar, você só precisa pegar vários gizes de cera coloridos e ir colocando em cada um dos compartimentos da sua bandeja de metal.
Depois é só levar pra o forno a forma de metal com os gizes coloridos e deixar numa temperatura baixa por aproximadamente 15 minutos. Você deve ficar sempre verificando para saber quando os gizes derreteram por completo. Quando eles derreterem e misturarem as tintas uns nos outros, retire a bandeja do forno e deixe do lado de fora para esperar que eles esfriem e endureçam novamente.
Depois é só retirar seus bloquinhos de cera coloridos da bandeja e colorir o mundo!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Espiritualidade e Responsabilidade Social



Sempre que se fala de espiritualidade, pressupõe-se uma experiência humana no campo religioso e subjetivo da fé, alienada às demais experiências da vida. No cristianismo, quando se aborda sobre responsabilidade social, a ênfase recai no ativismo enquanto serviço prestado ao próximo, seja pela proclamação do Evangelho, seja pelas obras de misericórdia e justiça. Contudo, espiritualidade e responsabilidade social são eixos paralelos do mandamento principal das Escrituras: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo” (Mateus 22.37-39).

Assim, amar a Deus é uma missão espiritual, do mesmo modo que amar ao próximo é o exercício de uma espiritualidade missionária a serviço do outro. Estas duas manifestações cristãs evidenciam-se de forma interativa e interdependente. Por conta dessa interação, a espiritualidade cristã precisa sempre encontrar o seu caminho devocional em missão ao próximo. A espiritualidade pode ser entendida como uma experiência humana no campo da fé e a responsabilidade social e política, como uma resposta ética dessa mesma fé.

As relações sociais, políticas, econômicas e religiosas da sociedade em que estamos inseridos anunciam ou denunciam a espiritualidade desta mesma sociedade. Espiritualidade e responsabilidade social confluem-se na vida e natureza da Igreja de Jesus Cristo. De um modo geral, na cristandade, tem havido muita contradição entre a mesa do pobre e o altar suntuoso dos cristãos – e a falta de pão na primeira pode ser uma denúncia da ausência de espiritualidade no segundo. Acontece que a responsabilidade social cristã não pode tornar-se apenas um serviço voltado para o problema da falta de pão para os pobres, ao mesmo tempo que a espiritualidade não deve ser uma tarefa exclusiva em torno do altar.

Mais grave do que esta dicotomia é a constatação de que o cristianismo brasileiro, mesmo que numericamente significativo, não tenha conseguido responder, na mesma proporção de seu avanço quantitativo, às demandas de nossa sociedade, especialmente no que diz respeito à promoção da justiça. No contexto brasileiro, há várias práticas espirituais em diversas comunidades cristãs que evidenciam distorções e limitações na atividade missionária da Igreja. Se considerarmos a responsabilidade social e política da Igreja Evangélica como um desdobramento das práticas espirituais expostas nas vitrines no cenário religioso brasileiro, precisaremos rever com qual evangelho estamos comprometidos. Há uma espiritualidade de fetiche, marcada pela magia e crença no poder de objetos e amuletos. Nessa espiritualidade superficial e alienada do pão de cada dia para todos, a solução dos problemas e demandas da vida tendem a ser individualizada. Assim, a responsabilidade social da igreja tende a ser vista como uma interferência exclusiva pela via do milagre, e não como desdobramento de uma práxis evangélica transformadora.

Já outros grupos exercitam uma espiritualidade marcada pela supervalorização da estética em detrimento da ética. O serviço religioso é elaborado com todos os sinais externos de pompa e espetáculo. A espiritualidade é meramente ritualista, superficial, predispondo seus praticantes a uma missão que gira em torno do sucesso e popularidade de seus sacerdotes ou do reconhecimento de suas obras cultuais. A manjedoura, o jumento e a cruz são, no máximo, símbolos; mas os pobres recém-nascidos, os que possuem meios limitados de transportes e os que continuam em processo de crucificação em nada desfrutam de uma espiritualidade depreciadora da ética – isso quando a causa do pobre não é mera bandeira institucional e publicitária a serviço da imagem pública da instituição.

As comunidades de Jesus Cristo devem ser motivadas pelo amor a Deus e às pessoas, e não pelo amor ao dinheiro. Elas são chamadas à obediência na luta pela justiça e na prática da misericórdia. Para vencer o mal que se manifesta nas estruturas e conjunturas sociais, políticas, econômicas e culturais, elas buscam nos instrumentos estabelecidos pela sociedade civil os mecanismos para tornar a justiça um rio permanente. Numa democracia, as autoridades são todas as instâncias de poder para a prática do bem, conforme Romanos 13. Desse modo, uma igreja socialmente responsável se utilizará dos instrumentos democráticos para que a sua espiritualidade em missão tenha incidência nas políticas públicas, nos direitos do cidadão e nos testemunhos de boas obras e prática da justiça.

No Evangelho ensinado por Jesus, oramos no quarto secreto (tameion) ao Pai nosso que está nos céus, numa espiritualidade transcendente, pessoal e íntima que tem necessariamente implicações nas vivências públicas – afinal, a Igreja é o sal da terra e a luz do mundo. A oração ao Pai nosso é ao Pai da comunidade e na comunidade. Na Oração Dominical, quando se pede o pão nosso de cada dia, pede-se num gesto espiritual de oração por um bem social que pode ser acumulado ou socializado. Assim, espiritualidade e responsabilidade social são manifestações transcendentes e ao mesmo tempo inseridas nas realidades que vão se tornando história.

Pr Carlos Queiroz